O mês de janeiro de 2021 ficou marcado pelo início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil e em diversos países. No entanto, infelizmente, a doença continua contaminando e matando milhares de pessoas. 3s335o
Além de notícias relacionadas a pandemia da Covid-19, também separamos outros assuntos do Brasil e do mundo que foram destaque em janeiro de 2021. Todos os assuntos contém links para notícias de portais como o UOL, Folha, BBC, Veja e G1. Clique nos links para saber mais detalhes.
Terminamos o ano falando da pandemia de Covid-19 e começamos com ela também, já que os números são alarmantes. Em janeiro, o Brasil ou da marca de 200 mil mortes por Covid- 19 pouco menos de dez meses depois de registrar oficialmente a sua primeira morte pelo novo coronavírus. Em mortes, o país só está atrás dos Estados Unidos, onde já morraram 440 mil pessoas.
Mais de 9 milhões de brasileiros já foram contaminados pelo coronavírus, o terceiro país em número de casos. Estados Unidos e Índia são os dois primeiros.
Em meio ao caos e a notícia de tantas mortes causadas pelo coronavírus, o mês de Janeiro também trouxe uma esperança aos brasileiros com a divulgação da eficácia da vacina Coronavac. Depois de muitos questionamentos da comunidade científica, o Instituto Butantan divulgou a taxa de eficácia geral da vacina contra a Covid-19 Coronavac, desenvolvida em parceria com a chinesa Sinovac.
O imunizante teve eficácia global de 50,38% nos testes realizados no Brasil. A taxa indica a capacidade da vacina de proteger contra todos os casos da doença, sejam leves, moderados ou graves. Em relação aos casos moderados e graves, a eficácia é de 100%.
Um vídeo divulgado pelo Instituto Butantan viralizou na internet mostra a reação de diretores ao receber a informação sobre a eficácia da CoronaVac.
No dia seguinte da divulgação da eficácia da Coronavac, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido para uso emergencial da vacina contra a Covid-19. Foi aprovado uso emergencial de duas vacinas: a Coronavac, do Instituto Butantan e da Sinovac, e a da AstraZeneca-Universidade de Oxford, representada no Brasil pela Fiocruz.
Minutos depois, uma enfermeira de São Paulo, Monica Calazans (foto), de 54 anos, se tornou a primeira pessoa a receber a vacina no país. Do grupo de risco por ser obesa, hipertensa e diabética, ela trabalha em UTI de hospital.
O mês também marcou o triste colapso na saúde no estado do Amazonas causado pela pandemia do novo coronavírus. Hospitais sem oxigênio e profissionais da saúde vendo pacientes de Covid morrerem asfixiados, doentes levados a outros estados, cemitérios sem vagas e toque de recolher.
A falta de planejamento das esferas federais e locais, além do negacionismos de muitos em relação a pandemia, como o descumprimento das medidas de proteção, são apontadas por especialistas como as causas do caos no estado.
O Japão anunciou em janeiro que detectou uma nova variante do coronavírus em quatro viajantes que vieram do Brasil. Os ageiros estavam no Amazonas e desembarcaram em Tóquio em 2 de janeiro. Autoridades disseram que a nova cepa é diferente das que foram identificadas no Reino Unido e na África do Sul, mas ainda não há evidências de que ela seja também mais infecciosa.
O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, declarou este mês que a situação do Brasil na pandemia de Covid-19 continua a ser "muito preocupante". Segundo o diretor, a única forma de resolver o problema no Brasil é suprimir a transmissão comunitária, com união das esferas de governo e das comunidades locais.
O Instituto Lowy avaliou a reação à pandemia em 98 países e colocou em último lugar o Brasil, atrás de nações como o México, Colômbia, Irã, Estados Unidos e Bolívia. Para avaliar a performance de cada país em relação a pandemia, o instituto australiano levou em consideração seis diferentes indicadores: casos e mortes confirmadas, casos por milhão de habitantes, mortes por milhão de habitantes, número de casos em proporção com o número de testes e testes feitos a cada mil pessoas.
Ainda falando sobre a pandemia do novo coronavírus, janeiro teve outra marca triste. O mundo ultraou 100 milhões de casos confirmados de infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins. Uma em cada 76 pessoas no planeta foi diagnosticada com Covid-19. EUA, Brasil e Índia lideram a lista de países mais afetados. O total de mortes associadas à Covid-19 no mundo a de 2,1 milhões.
Um incêndio de grandes proporções atingiu um prédio em construção no complexo do Instituto Serum, na Índia, maior produtor de vacinas do mundo. Ao menos cinco pessoas morreram. A produção de doses para Covid-19 não foi afetada e, segundo o governo local, o incêndio teria começado devido a uma falha elétrica.
Médicos na Noruega estão investigando as mortes de 23 pacientes idosos que receberam a vacina contra o novo coronavírus da Pfizer/BioNTech, incluindo a possibilidade de que reações adversas à injeção terem contribuído para um desfecho fatal em alguns pacientes frágeis.
O comitê de vacinas da Alemanha também fez uma atualização da recomendação em relação ao produto desenvolvido pela AtraZeneca em parceira com a Universidade de Oxford, informando que o imunizante contra a Covid-19 deve ser istrado apenas a pessoas com menos de 65 anos. Para justificar a nova recomendação, os especialistas citaram a falta de dados suficientes em relação a grupos de idade mais avançada.
Apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiram o Congresso dos Estados Unidos no início do mês. Eles entraram no Capitólio durante a sessão que certificaria a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro, forçando a saída abrupta de parlamentares e a interrupção da cerimônia. Cinco pessoas morreram durante a invasão, sendo um policial e quatro manifestantes.
A tentativa de golpe entra para a história dos Estados Unidos. A insistência de Trump em parmenecer no poder causou um colapso no Partido Republicado.
Após a invasão do Capitólio, a oposição democrata na Câmara dos Representantes iniciou os trâmites para um processo de impeachment contra Donald Trump. O partido apresentou formalmente uma acusação contra Trump por "incitação a uma insurreição", em referência à invasão do Capitólio.
Após alguns dias, a Câmara dos Estados Unidos aprovou a abertura do processo de impeachment. Foram 232 votos a 197. Todos os democratas votaram a favor, e a maioria dos republicanos votou contra, mas ocorreram dez dissidências entre os deputados do partido.
Agora, o pedido de impeachment segue para o Senado, com julgamento previsto para iniciar em 8 de setembro. No entanto, como Trump já não é mais o presidente, o impeachment teria efeito simbólico. Trump não perderia nenhum dos benefícios de um ex-presidente, como pensão e proteção do serviço secreto.
Há uma chance pequena de Trump ser impedido de concorrer às eleições de 2024. Para isso acontecer, o impeachment deve ser aprovado no Senado e depois ser feita mais uma votação sobre a elegibilidade.
E, finalmente, no dia 20 de janeiro o democrata Joe Biden foi empossado como o 46º presidente dos EUA numa cerimônia em frente ao Capitólio, em Washington. Kamala Harris também foi oficializada como a 49ª vice-presidente do país. A cerimônia também marcou o fim da era Trump.
Mas nem só de pandemia da Covid-19 marcaram os assuntos noticiados no mês de Janeiro. O início de 2021 foi o marco da ruptura definitiva do Reino Unido com a União Européia, mais de quatro anos após os britânicos votarem pelo Brexit. O país já deixara o bloco em janeiro de 2020, mas agora chega ao fim do período de transição, marcando a saída britânica do mercado comum e da união aduaneira.
Um tribunal em Londres decidiu que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, não deve ser extraditado para os Estados Unidos, onde ele enfrenta acusações de violação de uma lei de espionagem e conspiração para obter documentos secretos. A juíza Vanessa Baraitser afirmou que não extraditaria Assange por haver um risco real de que ele poderia cometer suicídio.
A Coreia do Sul descriminalizou o aborto. O direito à interrupção voluntária da gravidez, antes só aceito para vítimas de estupro ou em casos de risco à saúde da gestante, agora é extensivo a todas as mulheres. A lei que criminalizava o aborto foi retirada no primeiro dia do ano de 2021 da legislação do país. No final do ano ado, a Argentina também descriminalizou o aborto. Já no Brasil, o presidente Bolsonaro se manifestou dizendo que jamais deixaria isso acontecer no país.
Um ataque a 100 civis do Níger por jihadistas no início de Janeiro foi considerado um dos piores massacres civis no país da África Ocidental. A chacina ocorreu entre os dois turnos da eleição presidencial nigerina e é um desafio para a democracia de uma das nações mais pobres do mundo. O Níger tenta estabelecer uma democracia, mas jihadistas promovem ataques para tentar controlar algumas partes do país.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, anunciou a renúncia de seu governo, assumindo a responsabilidade por um escândalo em que milhares de famílias – muitas de origem estrangeira – foram falsamente acusadas de fraude no recebimento de benefícios sociais e injustamente obrigadas a pagar milhares de euros cada. Fiscais multaram mais de 10 mil famílias por fraude de subsídios governamentais, mas o cálculo dos funcionários públicos estava errado.
O primeiro tratado para banir as armas nucleares entrou em vigor. O pacto internacional foi ratificado por 51 países, embora nenhum seja potência nuclear. A Alemanha, que hospeda ogivas nucleares americanas, também não assinou o documento. O Tratado da ONU sobre a Proibição de Armas Nucleares proíbe seus signatários de produzir, armazenar, vender e usar armas nucleares.
Fonte: Brasil Escola - /atualidades/atualidades-vestibular-e-enem-janeiro-de-2021.htm