A Constituição Federal de 1988 prevê o direito à igualdade para todos os brasileiros. No entanto, nota-se uma deficiência na garantia deste ao observar os desafios para a valorização da herança africana no país. Desde os primórdios (Evite esse tipo de construção) de sua fundação, a história da nação é narrada pela perspectiva dos colonizadores, sob um viés que inferioriza e marginaliza a população negra e sua cultura.
Durante o período escravista, além de retirá-los de sua terra para subjugá-los, houve também uma tentativa de apagamento de suas identidades. De acordo com Miranda Fricker, "Os grupos dominantes, por possuírem maior credibilidade, descredibilizam os testemunhos de outros grupos conforme concepções preconceituosas". Utilizando de sua dominância em um período de ideais extremamente controlados pelo cristianismo, os europeus impam sua cultura, religião e aparência como superiores, aproximando-as do divino, enquanto desprezavam e demonizavam qualquer traço africano (Cite alguns exemplos). A consolidação do Brasil enquanto Estado foi acompanhada pela extrema intolerância para com as crenças de matriz africana. (Argumentação predominantemente expositiva)
As marcas da resistência à opressão se refletem no sincretismo religioso, na influência culinária, na música e na miscigenação da nação. Entretanto, embora tão presente, a herança africana segue sendo rejeitada. O padrão do que é belo e irável permanece através dos séculos. (Melhore a relação entre as discussões) Falta ao brasileiro a consciência de suas origens e o conhecimento da luta de seus ancestrais, heróis retintos como Zumbi dos Palmares, Dandara, Luiz Gama e tantos outros, que tiveram seu reconhecimento eclipsado por personalidades brancas como a Princesa Isabel e D. Pedro.
(Boa estratégia coesiva) Diante do exposto, nota-se uma crise social. Consoante ao pensamento de Bauman, "Não são as crises que mudam o mundo, e sim a reação a elas". Destarte, urge a necessidade de o Ministério da Educação promover mudanças nas diretrizes de ensino, a fim de que a história da república seja reada à população sob uma visão decolonizada, que retire o português do pedestal, valorize a pluralidade e exalte os grupos que verdadeiramente compõem suas características identitárias. Só é possível valorizar aquilo que se conhece. (Apresentou 3 elementos válidos)
Dados correção tradicional
Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 120 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 160 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 120 | Nível 3 - Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 800 |
Nível 0 | Nota 0 |
Nível 1 | Nota 40 |
Nível 2 | Nota 80 |
Nível 3 | Nota 120 |
Nível 4 | Nota 160 |
Nível 5 | Nota 200 |