O Brasil trabalha como agente duplo na questão ambiental - Corrige Aqui

O Brasil, que será sede da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, proclama discursos muito coerentes em relação aos problemas ambientais enfrentados pelo mundo, e de certa forma, deveria se sentir na obrigação de concretizá-los, já que concentra a maior parte do pulmão do mundo, a Floresta Amazônica, e por isso está diretamente ligado à sobrevivência da humanidade.

Porém, como nós todos brasileiros sabemos, não é bem isso que acontece. Cada vez mais o governo “ajuda a destruir” o meio ambiente em função do lucro e do progresso econômico, autorizando construções de usinas hidrelétricas em áreas que afetam a vida e a sobrevivência da população, da fauna e da flora, como a de Belo Monte, incentiva, de certa forma, as monoculturas com fins destinados à produção dos biocombustíveis, prejudicando os pequenos produtores, e recentemente, negou o projeto de ambientalistas para aumentar a área da mata ciliar, alegando que isso prejudicaria os pequenos proprietários, que teriam ainda menos terra para produzir.

Entretanto, não é só o governo que tem culpa, o governo é um reflexo do povo e apenas registra nas leis o que é de hábito da população, visto que os brasileiros não se preocupam muito com o meio ambiente e com ações sustentáveis. Há ainda um longo caminho a percorrer para que o Brasil possa dar exemplo para o mundo de como viver sem agredir a natureza, e daí por diante, não será mais preciso fazer discursos, mas sim mostrar atitudes e resultados sobre esse assunto tão polêmico e tão necessário à vida humana.

Assim sendo, o Brasil ainda não se encontra preparado para sediar uma conferência que trata de assunto tão sério. Nesse quesito, nosso país é apenas um bebê que está aprendendo a caminhar, tropeçando muito por sinal, mas mesmo assim, indo em frente, e quem sabe um dia, os brasileiros se darão conta de que temos as melhores verdinhas do mundo.