O direito de ir e vir concatena-se à liberdade do ser humano. Assim, o indivíduo que transita sente-se livre. Entretanto, nos grandes centros urbanos e rodovias locomover-se torna-se um desafio à medida que aumenta o fluxo de veículos, a falta de conscientização e a ineficiência de políticas públicas voltadas ao trânsito.
Durante o governo Kubitschek houveram incentivos fiscais à instalação de montadoras automobilísticas no Brasil. Desde então, os veículos aumentaram exponencialmente, sobretudo devido à facilidade de crédito para a compra nos últimos anos. Contudo, a estrutura urbana condizente ao aumento de veículos foi pouco planejada.
Assim, motoristas subordinam pedestres, ciclistas e outros condutores à sua conquista por espaço. Resulta, então, no aumento do número de atropelamentos e batidas. Já nas rodovias prevalece a cultura de superioridade, pois muitos motoristas acreditam que os abusos cometidos por eles são nulos. Logo, muitos acidentes acontecem pelo descumprimento de medidas de segurança simples, como não usar cinto e ultraagens perigosas. O catalisador, em grande parte [vírgula] é a ação álcool que retarda os impulsos cerebrais e debilita a coordenação motora.
Além disso, a fiscalização é pouca rigorosa. Os motoristas não se intimidam em ultraar a velocidade máxima permitida ou consumir álcool nas estradas, pois sabem que a fiscalização é omissa. Ademais, a Lei Seca não obriga o condutor a submeter-se ao bafômetro, desta maneira, não há como provar rapidamente a culpabilidade daquele que dirige alcoolizado. Soma-se ainda a má conservação das rodovias e a precariedade da sinalização em muitos trechos. O mapa da violência divulgado pelo Instituto Sangari evidencia a gravidade da situação: os acidentes de transporte representam a segunda maior causa externa de morte no Brasil.
Em suma, a falta de responsabilidade no trânsito e a inércia do Estado diante dos dados alarmantes são as responsáveis pelo número comparável à guerras de mortes no trânsito. Para atenuá-lo são necessárias campanhas educativas nas escolas e nos meios de comunicação, bem como elevar o nível de qualificação daqueles que pretendem obter a carteira de motorista. É preciso, ainda, fiscalizar as imprudências no trânsito e reverter a verba das multas arrecadadas na manutenção das rodovias. Pois, somente a concomitância entre governo e sociedade pode vencer a batalha travada pela nação contra si mesma.
Dados correção tradicional
Seu projeto de texto obedeceu à estrutura dissertativa e realizou boas colocações em torno do tema proposto. Porém, para chegar à excelência é preciso extrapolar o recorte temático e realizar um rico e consciente trabalho com os recursos argumentativos.
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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