"A vida parou, ou foi o automóvel?", no curto, porém opulento verso de Carlos Drummond de Andrade, revela que a dependência do veículo está em nossa história há décadas. Todavia, essa subordinação automobilística exacerbada promoveu o inchaço de carros nas cidades, por conseguinte, o aumento dos acidentes, muitas vezes, partido pelo "veneno das estradas" - o álcool. Este, apesar de combatido pela Lei Seca, mostra-se frágil mediante a falta de ética e respeito do motorista.
O esteriótipo da malandragem, ou [sem vírgula] "esperteza" brasileira convive em nossa herança desde o século XX(vide obra - Carnavais, Malandros e Heróis, de Roberto Damatta). E não é por menos, o famoso "jeitinho brasileiro" representado nos contos de Jorge Amado e Nelson Rodrigues, são transferidos [Nelson Rodruigues é transferido] para realidade cotidiana, acentuando-se no trânsito;o qual é palco de motoristas imprudentes e alcoolizados, que burlam leis e transformam seus carros em armas contra a si [contra si] mesmos e aos outros.
Para conter esse percalço, em 2009 foi criada a Lei seca que, em tese, prevê a redução dos acidentes de trânsito através de políticas anti-ingestão de bebidas nas estradas. Na prática, porém, apresenta diversas falhas, dentre elas, a corrupção entre policial e motorista, que para se abster do teste do bafômetro, utiliza-se da propina para comprar o fiscalizador(mais uma vez o "jeitinho brasileiro" entra em cena).
Realça-se, desse modo, uma reflexão em conjunto da ampliação da Lei, ou seja, reforçá-la;por exemplo, no aumento quantitativo e,principalmente, qualitativo das "blitz", como também em punições severas ao infringidor. Esta, já então, promulgada pela Câmara dos Deputados, em 2012, no aumento expressivo de 200% nas multas para quem dirige embriagado - nosso governo também comete acertos, embora sejam poucos.
Medidas drásticas, essas, contudo necessárias, poderiam, no postrídio, medrar nosso país á potências como Reino Unido e Estados Unidos - os quais possuem os menores índices de acidentes no mundo- e por conseguinte, finalmente inverteríamos a frase do poeta modernista: " o automóvel parou, e vida prosseguiu".
Dados correção tradicional
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| Item | Nota | |
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| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.0 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
| NOTA FINAL: | 7 | |
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