No Brasil morre-se muito mais no trânsito do que em meio a guerras como as do Iraque ou Afeganistão. São 160 mortes por dia nas ruas e estradas de todo o país, o que significa quase 60.000 mortes todos os anos. Dados alarmantes de um país que além de não investir suficientemente em infraestrutura [vírgula] ainda negligencia sua educação.
O problema é estrutural e deve ser encarado como tal para que as soluções não sejam meros paliativos. Sempre se investiu fortemente em rodovias ao invés de ferrovias e hidrovias para o transporte tanto de cargas quanto de pessoas no Brasil, apesar das largas vantagens que os últimos têm sobre o primeiro. Motivado seja pelos interesses empresariais ou pela omissão governamental se incutiu no nosso país a cultura asfáltica, do carro e, mais recentemente, das motos. Uma forma cara, agressiva ao meio ambiente (pela impermeabilização do solo, emissão de gases nocivos, etc.) e pouco inteligente de desenvolver um país.
O problema também é educacional, pois faltam políticas públicas para esse setor em geral e, sobremaneira, no que tange à educação no trânsito. O processo pelo qual o motorista a para ter o à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é, para dizer o mínimo, defasado. Não se ensina pessoas a se portar no trânsito, se comercializam habilitações. Não há uma fiscalização adequada do sistema de educação no trânsito nem se exige muito dos pretensos motoristas.
O problema ainda é legal. Legal no sentido de as leis de trânsito no Brasil serem brandas ao ponto de a impunidade, corriqueiramente, estar presente em seus processos. Não há punibilidade de fato aos infratores de trânsito que fazem de seus carros e motos armas, quase sempre, mortais. A existência de leis mais severas e que punam de verdade podem e devem ser cobradas bem perto de todos, pois é no legislativo que são formuladas por nossos representantes, deputados e senadores.
Mas o problema pode começar a ser resolvido por cada um de nós e de uma forma simples: respeitando o próximo. Esteja ele dentro de um carro, em cima de uma moto ou de uma bicicleta, ou mesmo atravessando uma rua a pé. Não existem lados nem disputa. Respeite o espaço do outro, seja cordial. Cobre dos seus representantes políticos, exija seus direitos de contribuinte, tente se informar e se reciclar no trânsito. Assim caminharemos nós, a humanidade, em paz por essas estradas da vida.
Dados correção tradicional
Suas colocações foram muito pertinentes e realizaram uma boa discussão acerca do tema. Contudo, não houve extrapolação do recorte temático nem um rico e consciente trabalho com os recursos argumentativos para levar seu texto à excelência total.
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Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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