Ao longo dos tempos, a felicidade foi mudando de significado e, hoje, para muitas pessoas, se resume a ter produtos da moda. O sistema capitalista cria, principalmente nos jovens, necessidades supérfluas, o que acaba levando a uma insatisfação constante. Com isso também vem a perda de valores: pessoas são valorizadas se têm muito dinheiro,mas se têm bons princípios e são de classe baixa são descartadas.
Desde o primeiro modelo capitalista, o comercial, na época das grandes navegações, o objetivo era acumular lucros. Isso foi perpetuado até os dias atuais. A dignidade humana é substituída por máscaras e a “felicidade” só é obtida através do consumismo. A época em que crianças e adolescentes saíam de casa com os amigos para sentirem a natureza mais perto está no fim; agora é mais interessante ir ao shopping e fazer compras. Os hippies, na década de 60, tiveram um jeito criativo de dizer não a esse sistema maçante com a contracultura; buscavam ser livres e alcançar a felicidade neles próprios e descobriram que era desnecessário ter tantas coisas para se sentirem satisfeitos.
O consumismo está padronizando a felicidade, quem estiver fora da linha da moda é infeliz. As divisões de classes sociais se fortificam, uma pessoa que trabalha o mês inteiro para ganhar um salário mínimo não terá condições para comprar um i-phone, ainda mais se a família for grande. Simplesmente por isso é considerada cafona. A moda nada mais é do que regras ditadas pela mídia para incentivar as pessoas a comprarem cada vez mais e, se não o fizerem, são excluídos, sofrem preconceito apenas por não terem tido oportunidade de ter uma boa educação ou ter nascido numa família rica. De qualquer forma, são seres humanos, e a felicidade está situada na humildade dessa grande parte da população.
Em suma, para sentir-se satisfeito, não precisa ser magro, ter roupas boas, carro do ano e celular da moda. O que é necessário é sentir-se único, saber que cada um tem uma personalidade e que padrões foram criados para pessoas que não aprenderam a gostar de si próprias. Como diz Clarice Lispector: “O que eu tenho qualquer um pode ter, mas o que eu sou ninguém pode ser.”.
Dados correção tradicional
Seu projeto de texto abordou o tema e fez considerações válidas em torno da problemática imposta pelo tema. Porém, não houve extrapolação do recorte temático para levar seu texto à excelência total. Dessa forma, procure realizar um mais rico e consciente trabalho com os recursos argumentativos (ironia, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.). Amplie seu nível de leitura para aprimorar sua percepção crítica dos fatos.
Sucesso!
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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